Apesar de a responsabilidade social empresarial (RSE) estar na agenda de muitas das grandes empresas, os administradores executivos ainda defendem largamente o ponto de vista de que as empresas deviam maximizar os retornos para os seus donos. Há duas linhas de argumentação a favor desta posição. Uma tem a ver com a visão Friedmaniana segundo a qual a maximização dos retornos dos proprietários é a responsabilidade social das empresas. A outra é a posição defendida por muitos executivos de acordo com a qual a RSE e os lucros andam de braços dados. Este artigo defende que a primeira posição é eticamente inaceitável, enquanto a última não encontra sustentação em evidências empíricas. A implicação é que pode haver boas razões para que as firmas se desviem da máxima sobre a maximização de lucros. 

Ivar Kolstad

Associated Research Professor

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Ética de negócio - Compêndio para ser usado no ensino da ética de negócio na Universidade Católica de Angola (UCAN)
Kolstad, Ivar, Arne Wiig, A. e de Andrade, V. P. (Eds.)

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